terça-feira, 9 de outubro de 2012

Lúcia Helena Pereira é poetisa potiguar



Lúcia Helena Pereira nasceu em Ceará - Mirim / RN. Cursou o primário e o ginasial no Instituto Maria Auxiliadora (das irmãs Salesianas). Cursou o primeiro pedagógico no Colégio Imaculada Conceição - CIC e mais dois anos no Instituto Presidente Kennedy. Fez Licenciatura Plena em História / UFRN - 1974. Estudou o curso prático de francês pela Aliança Francesa de Natal -1960 a 1964. Escritora Membro efetivo da Associação de Jornalistas e Escritoras do Brasil - AJEB, onde exerceu, com sua eleição para a primeira Presidenta do RN 1990 a 1997 e primeira presidenta Nacional 1998 a 2000. Membro da Academia Feminina de Letras do RN - março de 2002. Sócia fundadora da Academia de Letras de Ceará Mirim/RN – agosto de 2011. Membro de IHG / RN, eleita em novembro de 2004. Autora de “Pássaro Azul de Asas Cor - de – Rosas” 1982- Livro de poemas. Participou da Breve Coletânea de Juvenal Antunes-1998. Integrante de Antologias Nacionais e Regionais. Livros no PRELO: JUVENAL ANTUNES: sua vida, suas obras, seu grande amor e sua morte; Palcos da Infância; As Divinas Cartas.
Biografia a ser atualizada.

QUERIA CRESCER LEVANDO OS MEUS BRINQUEDOS
Lúcia Helena Pereira

Encher uma mala bem grande com minhas bonecas,
Meu gato Tarico, meu passarinho Verdico,
As minhocas todas dos massapês do vale,
A minha varinha de pescar tilápias no rio Água Ázul.

Queria ter crescido levando os meus brinquedos:
As bonequinhas de pano confeccionadas por dona Biuca,
Os ovos pintados pela neguinha Ciça,
A galinha Teimosa com seus mil pintinhos,
O cofrezinho de prata que vovó me deu.

Eu encheria uma mala com os pés de mastruço,
Goiaba, pitanga, araçás, graviolas,
Santo Deus, aquele abacateiro robusto,
Os coqueiros da Casa-Grande,
Zé Doido fabricando carrinhos artesanais...

Quertia ter crescido levando os meus brinquedos,
Ou o mundo lobateano de Piô e Maroca,
O circo Nerino de Ceará-Mirim,
com os trapezistas: Roger e Mascotinha.

E daria tudo para rever minha babá: Regina Dias,
Que fazia burrinhos, casinhas, vaquinhas,
De um açúcar tão alvo e perfumado,
Transformado em alfinis deliciosos!

Queria tanto a minha Páscoa de infância,
Os coelhinhos de verdade pinotando no quintal,
Mamãe reclamando e papai gargalhando...
Rever os coelhinhos: Dinho, Xavier, Chico e Bebé...

A minha Páscoa festiva, agora, é a saudade,
Saudade de querer bem, de amar e ser amada,
Saudade da mesa enorme, com meus pais
E minhas irmãs: o começo de minha vida!!!

Perdi boa parte dos meus brinquedos,
No meio do caminho, vindo para Natal em 1952.
Na estrada eles foram se espatifando...
Sobrando as recordações, as Páscoas
Incomparáveis com bolos de fubá e glacê,
Os alfinis de Babá, Caldo-de-cana, saladas,
As barras de chocolates que papai nos dava,
OH! Páscoa...onde estarão os meus brinquedos?
E os meus sorrisos de menina?

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