terça-feira, 9 de outubro de 2012

Leda Marinho Varela é poetisa potiguar

Lêda Marinho Varela é natalense e libriana. Filha de Rubens Brandão de Paiva e Lourdes Marinho de Paiva. Dedicou-se à arte de escrever desde a adolescência, mas a sua trajetória pela cultura de nossa cidade se deu com a publicação de suas crônicas na Tribuna do Norte onde manteve uma coluna por mais de três anos. É graduada em Letras Neolatinas pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte com habilitação em Latim, Português,Francês Italiano e Espanhol e respectivas literaturas. Curso de Inglês pela Sociedade Cultural Brasil - Estados Unidos . Exerceu a função de Professora de Português, Latim e Inglês; Secretária Executiva da Prefeitura Municipal de Taipu-RN e Analista Judiciária no Tribunal regional do Trabalho da 13ª Região e da 21ª Região, por onde se aposentou. Com sete livros publicados: Vida e Memória- crônicas; Conflitos da Terceira Idade - reflexões; Intimidade - poesias; Canto de Saudade - crônicas; Poesias do Tempo - poesias; Elogio à Zila Mamede - um trabalho de pesquisa; Estação Poética, uma coletânea de poemas que nos revelam suas maiores emoções; E agora nos presenteia com Natal no Compasso do Meu Tempo - crônicas; tem participações em antologias da AJEB com diversas poesias e crônicas.
É membro da Academia Feminina de Letras do Rio Grande do Norte e Presidente da Associação de Jornalistas e Escritoras do Brasil - AJEB-RN. Foi homenageada pela Câmara Municipal do Natal duas vezes, com os livros: Intimidade e Poesias do Tempo. Em junho de 2008, foi homenageada pelos alunos da Escola Estadual Berilo Wanderley - SEEC/RN, por ser uma das escritoras mais contempladas na leitura de seus textos, no Projeto: Difusão da Literatura Feminina Potiguar.
Biografia a atualizar.

Maria

Era pesado o ferro de engomar,
Brasas vermelhas espalhavam calor
E rosto de Maria era o reflexo da dor.
Face sofrida
E semblante embrutecido
Anestesiavam seus sonhos
E Adormeciam sua emoção,
Ah, ferro a carvão!
Queimava roupas,
Queimava a vida de Maria
E como ela sofria!
Sorriso calado.
Corpo cansado
Quase sem força para soprar aquele fogo
Que não podia apagar,
Maria tinha que engomar!
E as fagulhas deixavam suas marcas
Nos caminhos que percorria,
Com horizontes fechados para a sua vida.
Cadê saída?
Lembro-me de você, Maria
Quando me envolveu num cobertor
Apagando o fogo que me consumia,
Fazendo voltar a minha alegria.
Dentro de seu jeito rude
Experimentei essa prova de amor,
Que revelou sua essência.
Com tão pouca transparência,
Quero tanto revê-la, Maria,
Recordar coisa da minha infância,
Quando você me benzia com raminhos,
Declamando orações,
Recitando ladainhas.

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